Sentir ciúmes é algo normal. Todo mundo sente ciúme. Porém, algumas pessoas tendem a exagerar e simplesmente tentar controlar a vida do outro, querer que a outra pessoa viva exactamente como você. O problema no ciúme doentio é algo facilmente detectado. De certa forma está relacionado à falta de confiança no outro, ou essa confiança simplesmente não foi estabelecida ainda.
O ciúme pode ditar o final de uma relação, se não for gerido de forma saudável.
Podemos dizer que só existem duas possibilidades, ou o ciumento tem razão em ter ciúmes ou não tem. Ou seja, ele está sendo traído ou não. Esta é a questão básica no ciúme: a incerteza. O ciúme é recheado de incertezas, duvidas, possibilidades horrorosas de traição que nunca se confirmam mas sempre se insinuam.
Para o ciumento sentir-se melhor ocorrem tentativas insanas de segurança como por exemplo proibir a outra pessoa de usar roupas justas, de sair com amigos, de chegar tarde, de não telefonar a cada 15 minutos para dizer onde está.
Estas tentativas de segurança não costumam dar certo, ou seja não proporcionam segurança e o ciúme não é eliminado, pelo contrario a cada proibição e exigência o ciúme fica mais forte pois algo dentro dele diz que a outra pessoa não o traiu porque ele “fechou o cerco” , sendo assim ele sente que precisa ser cada vez mais controlador. Com este comportamento não há relacionamento que resista.
A pergunta que precisa fazer é:
Tem um relacionamento com uma pessoa com possibilidades de trair? Esta pergunta é feita muito mais para se pensar do que para responder de imediato.
Considerar que está se relacionando com alguém com possibilidade de o trair, neste caso deve pensar o quanto que este relacionamento merece continuidade.
Perceber que não está se relacionando com alguém com possibilidade de trair – neste caso conclui que o ciúme não tem base para continuar.
O problema do ciúme costuma ser levado a psicoterapia quando a pessoa chega a esta conclusão: tenho um ciúme exagerado sem qualquer base para tê-lo. Neste caso o sentimento é percebido como desproporcional e sem fundamento.
Este ciúme faz com que a outra pessoa passe por uma confusão de sentimentos, pois em doses menores o ciúme costuma ser visto como prova de amor. Mas quando ele aumenta a ponto de comprometer o relacionamento não há como a outra pessoa considerar que seja amor.
Portanto, sentir ciúme faz parte das relações com quem amamos, mas temos que cuidar para que ele não passe dos limites e seja uma doença que destrói o amor e a nós mesmos.
O cuidado com o outro, a confiança e o respeito são os pilares de uma relação saudável e madura. O diálogo e o olhar para as próprias emoções e para as necessidades do parceiro ou parceira são fundamentais para que o ciúme e desconfiança não estraguem o futuro e felicidade de nosso relacionamento.
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