Este é o primeiro de uma série de sete partes sobre os segredos de Bem-Estar. A razão porque apresento esta série é porque estou entusiasmado sobre o que está a acontecer no campo da psicologia, e como a nova pesquisa apoia ensinamentos antigos.
Uma nova corrente de pensamento, chamada Psicologia Positiva, tornou-se o centro das atenções. Em vez de olhar para os problemas e como resolvê-los, a Psicologia Positiva investiga o que nos permite experimentar a vida no seu melhor. Nesta série, vou discutir o que podemos aprender com esta pesquisa.
O que é a felicidade?
Esta questão é importante para cada um de nós, porque a nossa visão de felicidade determina como vivemos a nossa vida.
Tal como Martin Seligman aponta no seu livro “Felicidade Autêntica: Usando a Nova Psicologia Positiva”, para perceber o seu potencial para uma satisfação duradoura, existem três formas principais de como as pessoas vêem a felicidade. Leia mais para descobrir qual destas três formas descreve a maneira como você vê a felicidade.
A Vida Agradável, ou a “vida de prazer”
Neste modo de vida, procuram-se os prazeres e tenta evitar-se a dor. A grande questão sobre este modo de vida é que nós podemos realmente provar e desfrutar de momentos especiais. Como por exemplo fazer uma corrida de snowboard ou partilhar uma risada com o seu parceiro.
Mas há alguns problemas com este ponto de vista da felicidade. Uma delas é que a dor é inevitável na vida: os relacionamentos terminam, a saúde pode ser precária, e a morte é certa. Isto significa que, se esperamos alcançar uma felicidade só de prazer, estamos mal preparados para lidar com o sofrimento.
O outro problema é que a soma das nossas experiências reais, e como julgamos essas experiências em retrospectiva, pode ser radicalmente diferente. Seligman dá o seguinte exemplo:
Quando questionado sobre um período de férias – e ele explica – você pode responder: “Foi óptimo!”, mesmo que o fluxo de experiências no tempo possa ter sido uma série de momentos desagradáveis, tais como queimaduras, picadas de mosquito, dores de estômago, situações assustadoras ou o medo de ultrapassar o seu orçamento.
Eu acho que o mesmo vale para experiências agradáveis. Não sei como é para si, mas depois de uma semana deitado ao sol numa praia tropical, começo a ficar inquieto. Sinto falta de ser criativo e produtivo. Assim, mesmo que possa haver um fluxo constante de momentos agradáveis, a minha experiência geral é a de me sentir insatisfeito.
A Boa Vida, ou a “vida de compromisso”
Esta é uma vida em que descobrimos quais são os nossos pontos fortes individuais, e moldamos a nossa vida de acordo com isso. Isto conduz a um fluxo, em que estamos connosco próprios. Quando isso acontece, o tempo pára. Sentimo-nos em casa, e a auto-consciência desaparece.
Mas, mesmo quando se desenvolve este fluxo, pode haver instantes em que não é suficiente. Vemos o tempo a passar e começamos a perguntar-nos: “Isto é tudo o que existe na vida? Ou há mais?”
A Vida com Significado, ou a “vida de inscrição”
Este modo de vida significa usar a sua força individual ao serviço de algo que você acredita que é maior que você. Como diz Martin Seligman, “Unir-se e servir em coisas maiores do que você, e em que você acredita, e usar as suas maiores forças nisso, é uma receita para uma vida com significado.” Se você viver uma vida como esta, poderá deixar um legado.
Que herança você vai deixar?
Tenho a certeza que você vai perceber que cada um desses diferentes pontos de vista da felicidade pode moldar a nossa vida de uma forma particular.
A felicidade autêntica é feita de todas estas três vertentes.
Você pode gostar de saber como é que essas três vertentes se articulam fora da sua vida. Elas estão em equilíbrio? Uma delas é mais forte que as outras?
Quais são os seus pensamentos sobre a felicidade? Eu estaria interessado em saber.