Como se sente hoje?

Esta é uma questão que não é desconhecida para nós. Sentir-se bem é grande. Sentir-se feliz é uma coisa maravilhosa. Mas também não é invulgar que os sentimentos perturbadores surjam por momentos, e certamente vale a pena pensar um pouco sobre a forma como lidamos com eles.

Cientificamente, é aceite que o que sentimos tem um efeito directo sobre o nosso corpo, a nossa mente, a nossa personalidade e como nos deixamos levar ao longo do dia. E, portanto, não seria prudente da nossa parte avaliar os nossos sentimentos, antes de os deixar influenciar pelo nosso comportamento e pela nossa personalidade? Esse é o significado do que chamamos “sentir” ou “sentimento”.

Este é o cerne da questão:

Será que os nossos sentimentos estão sempre correctos?

Eles retratam sempre a situação de forma exacta?

Serão todos os nossos sentimentos realmente destinados a fazer-nos bem?

A resposta não tem de ser sempre “SIM”.

Os nossos sentimentos podem enganar-nos?

Será que os nossos sentimentos podem ter uma base errónea?

A resposta não tem de ser sempre “NÃO”.

Então o que é esse dito “sentimento”, e porque devemos dar importância ao seu significado?

Quando uma criança está a chorar e a mãe pega nela, a criança sente-se bem. É porque a criança fisicamente experimenta a bondade da sua mãe e a carícia suave do seu abraço. Quando uma estudante é apreciada pelo seu canto no palco, ela sente-se bem porque vê os seus professores impressionados com o seu desempenho. Em ambos os casos, as suas necessidades são atendidas, e isso é bom.

Mas o que acontece connosco quando as nossas situações e circunstâncias não estão em sintonia com os nossos desejos e vontades?

Por exemplo: um rapaz quer que a sua amiga se encontre com ele num restaurante, mas, infelizmente, ela está atrasada. Talvez seja uma resposta natural que o rapaz comece a sentir-se mal, mas este sentimento fá-lo pensar que não é muito valorizado pela sua amiga. Agora… este é o lugar onde os nossos sentimentos podem levar-nos para uma direcção totalmente errada, se não tivermos controlo sobre eles.

A seguinte situação também é comum nas famílias – muitas vezes um membro da família pode dizer coisas como: “eu não sinto que gostas de mim”, “eu sinto que já não me queres”, e “eu não sinto o teu companheirismo”. Mas seria uma coisa sensata a notar e lembrar-nos que, no máximo, todas essas declarações são apenas “feelings” (sentimentos).

Muitas vezes quando alguém diz: “Eu sinto ou não sinto…”, tudo o que essas pessoas proclamam é algo de que elas não têm provas – ou, por outras palavras, na melhor das hipóteses estão a adivinhar.

Então, isso significa que temos de considerar os nossos sentimentos como coisas sem importância?

A resposta, como todos sabemos, é um grande NÃO! Temos que levar em consideração os nossos sentimentos, mas acima disso, temos que usar o nosso conhecimento da situação, caso contrário, honestamente seria como um barco sem leme.

No exemplo acima do rapaz no restaurante, e se a rapariga teve algum compromisso de última hora, e por alguma razão não conseguiu avisá-lo a tempo? Agora, o seu amigo, sentado no restaurante, está zangado e desapontado e faz algumas declarações do género “eu sinto” ou “eu não sinto”. Mas assim que ele se aperceba do conhecimento sobre o que exactamente aconteceu, será capaz de resolver a sua situação.

Da mesma forma, nas famílias, um monte de problemas poderiam ser evitados se as pessoas aprendessem a parar (vamos dizer mesmo STOP)  de chegar a conclusões com base nos “eu sinto”.

Vamos todos lembrar o facto de que tais sentimentos, que não estão em justaposição com o conhecimento sobre a situação, fazem as pessoas fracas na sua mente e tornam as suas decisões imaturas.

Se qualquer um de nós é como um deles, então temos que aprender a dizer a nós mesmos – “Ei, se eu me sinto um pouco em baixo, isso é apenas o meu “feeling”. Eu sei que não me está a fazer bem nenhum. Então, porque não procurar os factos e, em seguida, chegar a uma conclusão?”

Uma autoridade eminente em psicologia diz: “A maioria dos nossos medos e pensamentos ansiosos nunca se tornarão realidade”. Então, pense como seria imaturo decidir as coisas com base apenas no que nós sentimos.

Por isso, far-nos-ia um bem imenso lembrar-nos que: “Somente quando unimos os nossos sentimentos com o conhecimento exacto da situação, podemos realmente tornar a vida muito mais fácil para nós, bem como para os que nos rodeiam.

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