Uma das observações mais sensíveis feitas ao longo de séculos por teólogos, filósofos e psicólogos, assim como por conselheiros, e que pode tocar os nossos nervos, é esta:
“Muitas vezes não percebemos que aquilo que estamos a fazer aos outros é muito mais o factor decisivo do quanto eles nos amam ou nos estimam, ou fundamentalmente como gostam de estar em contacto connosco.”
Alguns dos problemas mais comuns associados a pessoas que se queixam de falta de amor e satisfação dos seus cônjuges, amigos, colegas e familiares são o seu hábito sinistro de irritação, perseguição incessante e cinismo.
Quanto do nosso tempo desperdiçamos por chatear aqueles que estão perto de nós, se o fazemos não?
Quanto do temos deles desperdiçamos, ao fazer isso?
Este é um problema comum nos relacionamentos, seja eles casamento, amizade ou relações profissionais. Qualquer pessoa séria o suficiente para melhorar a sua qualidade de vida devem ser mais do que feliz em dar atenção a tal faceta importante da vida e das relações humanas. Esta é a altura de todos nos avaliarmos, nesta escala.
Psicólogos e psiquiatras de todo o mundo dizem que as pessoas que tendem a tentar exercer controlo indevido sobre as outras pessoas, usando este tipo de abordagem incómoda, geralmente têm algumas necessidades profundas não satisfeitas na infância. Ou seus desejos legítimos não foram satisfeitos, ou as suas deficiências têm sido mais enfatizadas.
Lembremo-nos que as dores e insatisfações da infância podem ter sido causadas por pais descuidados, irmãos ou educadores, o que fez com que a seja mais reactiva e cínica para questões simples da vida.
Por exemplo: uma pessoa de compleição escura pode ser muito reactiva com conversas sobre a cor da pele, se os seus pais e familiares, consciente ou inconscientemente, desde a infância a criticaram e fizeram piadas com a sua cor de pele.
Existem dados suficientes de pesquisa psicológica para provar que essas pessoas derivam um sentimento de satisfação sobre situações e pessoas incontroláveis, com essas birras. Parece dar-lhes um sentido de satisfação do ego.
Por isso vamos voltar a avaliar se somos uma pessoa deste género e, mais importante, não vamos tomar uma atitude de julgamento, se nos encontrarmos ou associarmos com uma dessas pessoas, mas vamos tentar relacionar-nos com elas e fazê-las sentir confortáveis.
Vamos incentivá-las para serem pessoas mais animada e assegurar-lhes que é fácil superar tal tipo de comportamento, mesmo que normalmente venha desde a infância.
Aqueles que infelizmente expressem tais comportamentos não precisam de se sentir envergonhados, mas lembrem-se que não temos o direito de desperdiçar o tempo de alguém com tais atividades mas, em vez disso, gastar esse tempo para o auto-aperfeiçoamento.
Quem seguir este conselho verá que as pessoas acabarão por reconhecer a mudança, e vão gostar de gastar o seu tempo e energia com eles.
Da mesma forma, quem quiser que os outros gostem de passar o tempo e conversar com eles, não podem continuar a ser insignificantes, triviais, cínicos e irritantes.
Só se essas coisas desaparecerem deliberadamente é que as pessoas vão gostar de se associar com felicidade. Caso contrário, seria uma relação ritualística, virtual.
Lembremo-nos de uma citação:
“Partilhar o nosso tempo com os outros é um dos maiores presentes que lhes damos, damos-lhes uma parte da nossa vida”.
Se queremos que as pessoas partilhem as suas vidas connosco, temos de ser interessantes, e não repulsivos.
Vamos partilhar as nossas vidas da melhor maneira possível. Lembremo-nos que a vida é curta demais para ser vivida no mínimo, e então vamos aproveitá-la ao máximo.