O que é a esquizofrenia?

A Esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica, provavelmente das mais angustiantes e incapacitantes. A esquizofrenia é muitas vezes descrita de forma incorrecta como “dupla personalidade”. Este termo pode constituir a tradução literal mas a esquizofrenia é na realidade uma patologia do cérebro, que afecta de forma grave a forma de pensar da pessoa, a sua vida emocional e o comportamento em geral.

As pessoas com esquizofrenia sofrem de sintomas psicóticos

Entre estes, contam-se as alucinações (por ex. ver ou ouvir coisas que não existem), delírios (ter crenças de natureza bizarra ou paranóide que não são verdadeiras), comportamento agressivo, insónia, alterações da memória e da concentração e medo intenso.

Os delírios e as alucinações são exemplos de sintomas denominados “positivos”. Os “sintomas negativos” também surgem na esquizofrenia: as pessoas ficam ausentes e alheadas, mostram muito pouca iniciativa, não conseguem sentir prazer e têm uma vida emocional pobre ou embotada.

Muitas vezes, as pessoas com esquizofrenia isolam-se socialmente, e têm grandes dificuldades nas relações interpessoais, sobretudo em situações de maior stress. Todos estes sintomas originam alterações na maneira de ser da pessoa, que começa também a ter dificuldades no desempenho escolar e/ou laboral.

As causas da esquizofrenia ainda não foram totalmente esclarecidas, mas sabe-se que no esquizofrénico a troca de informações dentro do cérebro ocorrem de forma incorrecta e elas podem ser as responsáveis pelos sintomas da doença.

O tratamento da esquizofrenia visa ao controle dos sintomas e a reintegração do paciente.

O tratamento da esquizofrenia requer duas abordagens: medicamentosa e psicossocial. O tratamento medicamentoso é feito com remédios chamados anti psicóticos ou neurolépticos. Eles são utilizados na fase aguda da doença para aliviar os sintomas psicóticos, e também nos períodos entre as crises, para prevenir novas recaídas.

A maioria dos pacientes precisa utilizar a medicação ininterruptamente para não ter novas crises. Assim o paciente deve submeter-se a avaliações médicas periódicas; o médico procura manter a medicação na menor dose possível para evitar recaídas e evitar eventuais efeitos colaterais.

As abordagens psicossociais são necessárias para promover a reintegração do paciente à família e à sociedade. Devido ao fato de que alguns sintomas (principalmente apatia, desinteresse, isolamento social e outros) podem persistir mesmo após as crises, é necessário um planeamento individualizado de reabilitação do paciente.

Os pacientes necessitam em geral de psicoterapia, terapia ocupacional, e outros procedimentos que visem ajudá-lo a lidar com mais facilidade com as dificuldades do dia-a-dia.

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