Como ver o mundo de maneira diferente?

Para o que é que está a olhar?  Como ver o mundo de maneira diferente?


“Acontece sempre desta forma.” – disse o Sol ao Vento.

“O quê?” – O Vento, como de costume, estava curioso.

“Espinhos e Rosas – eles sempre co-existem.”

“Mas o seu eu exterior está em ironia com o eu interior.”

O Sol deu ao Vento um olhar vazio.

Presumindo a dica, o Vento aproveitou para esclarecer ainda mais.

“Ontem, quando eu estava a soprar, ouvi a Rosa a falar para si mesma…”
A ROSA:

“Eu não sei porque raio as pessoas sorriem quando me vêem. Pareço tão patética. Toda a minha vida eu simplesmente existi como sendo uma coisa afiada e pontiaguda, boa para nada, excepto para magoar as pessoas. Ou talvez elas se sintam melhores, depois de verem a minha existência tola e feia! “

O Vento suspirou e continuou. “Eu ouvi o Espinho também…”

O ESPINHO:

“Eu não sei porque é que as pessoas têm medo de mim. Algumas até pedem aos filhos que mantenham uma distância segura de mim, enquanto eu acho que eu sou uma das coisas mais bonitas já criadas. As minhas pétalas, a minha forma, a minha cor, a minha suavidade, a minha aura, o meu romance… onde mais elas poderiam obter uma mistura tão austera?… e ainda assim, eu agradeço a Deus pela maneira como ele me fez, e não importa o que os outros pensam ou me fazem, eu prefiro permanecer feliz para sempre, porque afinal há tão poucas coisas neste mundo tão bonitas como eu sou.”

“Então”, desta vez o Sol suspirou, “a Rosa é infeliz porque assumiu para si – provavelmente olhando para o Espinho toda a sua vida – que ia ser apenas um espinho e, assim, ignorou a felicidade que merecia todos esses anos, enquanto que o Espinho, por outro lado, assumiu-se como uma rosa e, assim, era feliz desde então.”

O Vento abanou a cabeça.

“Acontece sempre desta forma.” – disse o Sol.

“O quê?” – perguntou o Vento.

“A felicidade pode definitivamente seguir-nos onde quer que vamos e em tudo o que fazemos… se nós soubermos o que somos e para o que estamos realmente a olhar.”

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