Combater a sensação de incapacidade e falta de esperança

Todos nós conhecemos estes estados “cinzentos”, esses períodos de dúvida, indecisão, melancolia e falta de esperança. Por mais desagradável que seja, por mais tenebrosa que seja a experiência desta ausência de motivação, esta resposta que a natureza instalou em nós, esse programa que percorre o cérebro pode ter uma função muito proveitosa.

O organismo reage com pesar sempre que sentimos a perda de algo ou de alguém, quando não conseguimos alcançar um objectivo a que nos propusemos, e saboreamos o fracasso.  Esse sentimento aparece como que um mecanismo de defesa, como que um sinal para que não se continue a insistir em algo, que devido às circunstâncias já está desprovido de propósito.

Há dias em que o melhor seria mesmo não sair de casa. Com algum esforço lá nos conseguimos convencer  e enfrentamos o dia-a-dia, com dificuldade em vencer a inércia, sem motivação e com má vontade.

A mais pequena chatice pode deixar-nos à beira de um ataque de nervos, ou com a lágrima ao canto do olho.

Em vez de se concentrar na sua vida interior entre em acção. Em vez de se centrar em colocar a si mesmo questões complicadas, como por exemplo, “o que fiz eu para merecer isto?”, “porque estou com este problema?”, “o que há de errado comigo?”, sugiro que faça perguntas que sejam variações destas: porque razão continuo a fazer, pensar e a prestar atenção ao que me coloca em baixo e que não é útil, que outras coisas poderia pensar, ou focar para alterar a situação em que me encontro?”

Por exemplo, em vez de se questionar porque só me acontecem a mim estas coisas desagradáveis e incapacitantes? Ou porque fracassam sempre as minhas relações amorosas? faça perguntas mais produtivas, como o que posso fazer para alterar a situação? ou como devo agir para que as minhas relações  no futuro possam ser melhor conseguidas?

Na grande maioria das vezes, os nossos estados incapacitantes e duradouros, devem-se a um erro de raciocínio. Este erro de raciocínio é induzido por uma tendência do nosso cérebro para ser coerente na produção de pensamentos que comprovam os nossos sentimentos, e aliado a tudo isto estão as circunstâncias eventualmente desfavoráveis que se enfrenta, e ainda uma possível ausência de competências de combate à frustração e resignação. 

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